Quem sou eu

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Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso, jogando meu corpo no mundo ...

4 de dezembro de 2018

Idílico


O idílico trem das cores
trilhava sua melodia em meu corpo
embrulhado
por quatro cobertores.

Estava namorando o frio
absorvendo o aroma de terra molhada
a minha mente carregada
por uma tempestade de sensações.

Às vezes pareço a gota da chuva
e toda a essência chorosa dela
às vezes sou a luz entre as nuvens
ou a labareda de uma vela.

No entanto, sou feliz
respiro as músicas que me compõe
e ainda sou agraciado
com o silente pouso de uma borboleta.

Daniel André.


💚🎹🎶🎵🎶🎵🎹💚
Trem das cores, é uma das músicas que nos desperta para a simplicidade do viver. Tentar extrair da vida as melhores cores, fazendo com que os dias se tornem menos cinza.

30 de novembro de 2018

O amor está no ar


O amor é o gás da vida
toque de afago na alma
um lindo encontro de sonhos
a descoberta na calma.

E um beijo inesperado
uma rosa vermelha na cama
o cheiro que se acostuma
o desejo que chama.

É a palavra silenciosa
que toca o sino da emoção
leva vida a lindos campos
e flores para o coração.

O amor sempre estará na moda
e pode mudar com os tempos
mas a essência é a mesma:
o verdadeiro sentimento.

Daniel André
  



Para embalar junto da poesia, "Love in the air".


25 de novembro de 2018

Caçador de estrelas


Vou para o céu caçar estrelas
com a trilha sonora dos lindos romances
que só passaram como um beijo apaixonado
em meus lábios faltos.

acredito nas estrelas
na dança empírica da atração de dois corpos
no mundo verbal e cientifico
que explique o indizível sentido do amor.

as estrelas mostram que amar é viver
estou no céu atrás de alguma delas
o aquecido abraço da luz .

no pequeno imensurável globo
rabisco a trajetoria como caça e caçador
e sempre munido por um primoroso romantismo.

Daniel André

12 de setembro de 2018

Fim de tarde


Fim de tarde na praia
meus pés beijados pela salgada espuma
contemplo o entardecer
num transparente véu de bruma.

Entro no solitário oceano
mergulho nas entranhas de netuno
e encontro liberto das algas
um amor livre do orgulho.

O pôr do sol se aproxima
a rouca luz, abraça todo o mar
eis o lindo cenário da natureza
ensinando a arte de amar.

Daniel André

13 de agosto de 2018

Testemunha de uma madrugada



E a insônia inoportuna
sequestra meu descanso
o dilúvio de meu lago cristalino
são amparadas nas asas de um anjo.

Saudade do que nunca tive.

As animadas samambaias,
dançam com o assobio do vento.
Uma canção romântica de Jim Croce
só angustiam sentimentos
nunca recíprocos.

Abraço forte com os olhos
sua fotografia mais bonita
teu cheiro corre meu corpo
o lume da minha vida.

E é no bocejo da manhã
que acordo para o que nunca vem
depois de testemunhar a madrugada
te encontro nos sonhos
e no meu além.

Daniel André

5 de agosto de 2018

Terno e vestido


Sinto as dores de meus irmãos
na intolerância são crucificados
no casulo dos guetos
não podem ser caçados.

No interior do terno de um homem
uma flor, alma feminina
na infância era vetado
por gostar de brincar com meninas.

De vestido estampado na feira
escondida numa fina voz aguda
sente saudades do futebol na rua
dos pés ralados, e sua bermuda.

Ternos podem vestir a vida
mas só o gênero veste a alma
se viver a opinião alheia
nunca encontrará a calma.

Machucada, mas erguida
andrógino, mas temido
acessórios são complementos
como um terno e um vestido.

Daniel André.

18 de junho de 2018

Triumph Bonneville


Jaqueta cor de corvo, 
armadura de liberdade,
um homem
e sua Triumph Bonneville.

Ele acelera na infinita estrada de outono,
voa no asfalto de um cenário bucólico,
enquanto as pesadas camadas de lamúria
juntam-se às folhas mortas.

A possante Bonnevillle, o conduz a sua extensão:
harmonia de um amor feliz
com o perfume natural da renovação,
no sério olhar por trás da ray ban.

Sem jaqueta 
uma armadura espiritual
um homem no pôr do sol 
e sua Triumph Bonneville.

Daniel André.

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Deixo com vocês, a melodia de uma música que amo, e se encaixa com o ambiente bucólico e metálico da Triumph Bonneville.

Abraços para todos vocês!  




10 de junho de 2018

O retorno



Retorno ao passado, que hoje é presente
não ouço vozes, nem vejo mais pessoas
e na minha face, a cusparada do tempo
vergonhosa e que atordoa.

Recebo o julgamento moral dos imperfeitos
enquanto conserto o caos desse pretérito
os leigos juízes da hipocrisia
fazem questão de instaurar inquérito.

Dedos que apontam erros
erros costurados de penitências
e no silêncio, a minha ciência.

Busco a força na esperança
deixo de lado o transtorno
e recomeço, com o meu retorno.

Daniel André

23 de maio de 2018

Sintonia iluminada


As batidas de meu coração
renasceram com seu olhar
iluminou todo o corpo
pulsando desejos, feliz está.

Em teus olhos iluminados
sou acolhido e seguro
nesse genuíno sorriso
planejo nosso futuro.

De longe nosso amor
labareda resplandecente
infinitos desejos.

Dois astros apaixonados
um ponto reluzente no céu
rútila sintonia.

Daniel André

8 de maio de 2018

Canção da paixão solitária



Canto diante da lua prateada
a releitura de minha paixão
em notas idílicas te clamo
a estanciar em meu coração.

Te busco na densa bruma,
obra prima que tanto desejo!
Por que quando te abraço
não te sinto, nem te vejo?

Olhos, estrelas encantadas
devaneios suspirosos
te aspiro no sereno do mar.

Sonhar, um dia te encontrar
meu sorriso enamorado
contigo precisa descansar.

Daniel André

21 de abril de 2018

Astronauta espiritual



Sou um astronauta espiritual
navego de escafandro
numa gôndola opala
remo entre estrelas
formo constelações
desenho galáxias
e nesse mergulho cósmico
de explosões e nascimentos
procuro um lar
para descansar
aprender
evoluir
amar.


Daniel André

9 de abril de 2018

O outro lado da rua


Na rua detrás das evidências
buzinas não atormentam
a atmosfera de minha alma.

Rostos fabricados de enfeites
não analisam o meu,
escondido as multidões.

Ainda vejo pássaros,
a tranquilidade de um senhor na carroça
um cigarro de palha,
a silenciosa fumaça no chalé da minha mente,
e a intimidade, com minha solidão.



Daniel André

14 de fevereiro de 2018

Cinzas de carnaval



No rufo dos tambores
O carnaval aparecia
Inúmeras máscaras, fantasias
O suar banhava
Toda a alegria.
Amores e serpentinas
Cruzavam olhares
Êxtase da felicidade
Etílicos prazeres
que se desfaziam em gargalhadas.
Agora a quarta
é de cinzas
numa caixa de madeira
coberta de poeira
os confetes
e as lembranças da folia.

Daniel André 


4 de fevereiro de 2018

Na barba de todo homem


Na barba de todo homem
um guerreiro primitivo
em sua caverna particular
ermo
nem sempre combativo.

Imitação rupestre, 
desenhada
muito cheia ou com quase nada
expressão latente
da masculinidade.

Na barba de todo homem
um neandertal escondido
desejo de ser exclusivo,
o herói corajoso,
e apaixonado.

Daniel André